Num artigo publicado no Journal of Experimental Medicine, é sugerido pelos autores que a privação crónica de sono afecta negativamente o sistema imunológico, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e patologias inflamatórios.
Usando modelos humanos e murinos, os investigadores estudaram o impacto do sono na função imunológica.
No estudo em humanos, quatorze adultos saudáveis ??que dormiam regularmente oito horas por noite foram monitorizados por seis semanas. Foi depois solicitado aos participantes para diminuírem a duração do sono em 90 minutos por noite por mais seis semanas. Todos os participantes do estudo exibiram alterações nas suas células imunológicas após redução do tempo de sono. Estes apresentavam um maior número de células imunes e a estrutura do DNA das mesmas encontrava-se alterada.
No estudo com modelos murinos, os resultados obtidos foram consistentes com o estudo em humanos. Curiosamente, mesmo após uma fase de recuperação do sono de 10 semanas, os ratinhos que tinham sido submetidos a fragmentação do sono, continuaram a produzir células imunes extras e revelaram alterações nas suas estruturas celulares.
Estes resultados sugerem assim que mesmo longos períodos de recuperação do sono não podem reverter os impactos negativos do sono de má qualidade. Os efeitos imunológicos observados neste estudo podem levar ao aumento das taxas de doenças cardiovasculares e distúrbios imunológicos em pessoas que dormem constantemente de forma insuficiente.
O LAC-GAIA recomenda o Site da Fundação do sono, onde pode consultar as horas recomendadas de sono por idade, assim como outras informações úteis (rotinas antes do deitar, hábitos saudáveis, higiene do sono, ..)
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